É um artista plástico que trabalha com o conceito de mandinga como um estado de consciência, um dispositivo de ativação da potência criativa, que surge com o ritmo criado entre a polaridade (positiva e negativa) expressa no gênero e na sexualidade. Seus maiores meios de expressão artística são a escultura e a gravura. Atualmente, Lorenzi cursa o mestrado em Belas Artes na Universidade do Porto, onde desenvolve a sua pesquisa através do estudo e vivência dentro da cultura popular brasileira, especificamente, a Capoeira Angola (Cortiço do Abelha – Mestre Abelha – de São Luís/MA), a prática do Cruzo (Mestra Thaís Mortalha, de Turmalina/MG), e os cultos e manifestações afro-brasileiras como o Candomblé. A partir do fundamento dessas matrizes e o seu diálogo com o mundo contemporâneo, sua obra traça uma relação entre a criação, espiritualidade e a matéria, considerando a mandinga como um ato criativo que emerge da consciência sobre o gênero e a sexualidade presente no ambiente e na sociedade.
