Que Sai da Pele: CUirlombismo e Transcestralidade como lugares de (RE)existência que possibilitam subjetividades e modalidades de existência no tempo espiralar

Por

Fredda Amorim

Palavras-chave

Performance; Arte; Transcestralidade; Afeto

O intuito desta pesquisa/conversa é, também, produzir discurso por meio do diálogo com vivências Transvestigenere e Negras sob uma perspectiva Afrotransfeminista e Transcestral que busca, numa dimensão epistemológica, valorizar os saberes e memórias dessas corpas, de modo que o pensamento que se produz na e a partir delas se apresenta como uma possível po-ética de existência. Partindo da noção de escrevivência (Evaristo, 2019) e de outros contra-dispositivos a intersecção de práticas estético- políticas de (re)resistência produzidas por pessoas trans, nas quais se entrelaçam não somente as dimensões artísticas e éticas, mas, principalmente, tratam das possibilidades de inventar espaços de afetos em que essas corpas possam plenamente existir sem ser abatidas. A performance e, mais especificamente, quando inserida nas redes de (re)existência e pensadas a partir de corpas monstruosas, ultrapassa o desejo de representação e cria afetos e encontros que (re)montam nossas histórias. A corpa, quando se assume e se reconhece como monstra na cena contemporânea, assimila todas as violências, canalizando-as e transformando-as em arte. As várias reverberações que constituem as iniciativas destes movimentos sociais e os imaginários criados sobre eles serão abordadas nesta comunicação partir das vivências e escrevivências na coletividade artística e na cena contemporânea o que gera uma conversa necessária entre lutas sociais e criação artística no espiral do tempo transcestral.